Santa Sara 009



Santa Sara é a padroeira do povo cigano e festas em sua homenagem ocorrem no mundo inteiro.

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Representações Sociais de Mulher Cigana entre População Não-Cigana Brasileira e Italiana: Ancoragem Psicológica e Social - Mariana Bonomo




Em outro momento, já apresentamos um texto no qual a autora Mariana Bonomo participa.

Hoje é a vez de indicarmos o Representações Sociais de Mulher Cigana entre População Não-Cigana Brasileira 
e Italiana: Ancoragem Psicológica e Social.


Referenciados pela abordagem não consensual da Teoria das Representações Sociais, objetivou-se investigar 
os processos de ancoragem psicológica e social frente às representações sociais de mulher cigana, o que permite analisar a 
modulação dos objetos sociais a partir do posicionamento interindividual e das experiências compartilhadas pelos sujeitos da representação segundo seu contexto sociocultural de inserção. Participaram do estudo 643 sujeitos não ciganos, brasileiros e italianos, com idade média de 22,81 anos (DP=5,73). Aplicando a análise de correspondência lexical, o processo de ancoragem psicológica indicou a formulação de oito clusters, que caracterizam diferentes representações, segundo as dimensões: mágico-religiosa, maternidade e cuidado com o grupo-família, exclusão social e fi guras do feminino. Por meio da análise do processo 
de ancoragem social, verifi cou-se que variáveis como contato, sexo e nacionalidade atuam na modulação dessas diferentes representações sobre o objeto, produzindo ambiguidades que, historicamente, têm orientado processos de discriminação contra grupos ciganos.


📚 O link para o texto é: https://drive.google.com/file/d/1NFH3vJh2NLZSO2j4uNnSUUZ0wtf3Hijm/view?usp=drivesdk



Santa Sara 008



Santa Sara é a padroeira do povo cigano e festas em sua homenagem ocorrem no mundo inteiro.

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Arte e Indocumentada Etnia Cigana: Resistência cigana pela música e pela dança no cinema de Tony Gatlif







Arte e Indocumentada Etnia Cigana: Resistência cigana pela música e pela 
dança no cinema de Tony Gatlif é o trabalho de Charlotte Riom que indicamos hoje.

Este trabalho mostra, a partir da descrição de extratos de filmes, como a música e a 
dança no cinema de Tony Gatlif registram a resistência dos ciganos e a afirmação de sua identidade durante a Segunda Guerra Mundial e nas sociedades europeias. 

A indocumentada etnia cigana faz 
com que a arte se torne um meio essencial para registrar seus hábitos culturais e sociais e a sua experiência vivida sob a ocupação nazista. 

Para compreender e interpretar o papel dramatúrgico e simbólico das relações música-dança no cinema de Gatlif, a autora usa três imagens analisadas pelo filósofo francês Gilles Deleuze e sua definição do close-up. 

Observa-se que o símbolo 
do arame farpado volta frequentemente nos filmes de Gatlif por representar a crueldade nazista.


📚 O texto completo está disponível em: https://drive.google.com/file/d/1xIDsoyk3DR66iwXmKzqsjEHn8yLobKvP/view?usp=drivesdk

Santa Sara 007



Santa Sara é a padroeira do povo cigano e festas em sua homenagem ocorrem no mundo inteiro.

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Santa Sara 006



Santa Sara é a padroeira do povo cigano e festas em sua homenagem ocorrem no mundo inteiro.

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Ciganos - Habitar Habitat





Vamos conhecer mais um documentário sobre os Ciganos no Brasil?

Desde o século XVI, quando os Ciganos chegaram no território brasileiro, eles fazem parte de nossa identidade e, mais do que isso, de nosso imaginário cultural.

Documentários como esse da SESC TV, de 2018, que mostram a realidade desde povos, são fundamentais para quebrarmos esses estereótipos e aprendermos mais sobre essa cultura.


Entre no nosso canal e assista:




Temor e Fascínio - artigo acadêmico





Referenciado na Teoria das Representações Sociais, o texto que sugerimos hoje teve como objetivo investigar 
as representações sociais de ciganos entre os não ciganos, passando também pela dimensão afetiva a elas 
associada. 

O estudo foi desenvolvido em duas etapas por universitários de instituições 
públicas e privadas da Grande Vitória-ES. 

No primeiro estudo (E1), os participantes responderam 
a um questionário estruturado, composto pelos seguintes núcleos de informação: 
evocações livres referentes ao termo ‘ciganos’, campo afetivo relacionado ao objeto de 
representação, níveis de contato com ciganos e dados socioeconômicos.o

No segundo estudo (E2) foram realizadas entrevistas com questões exploratórias acerca do conhecimento dos 
participantes sobre os ciganos, dos sentimentos a eles associados e das experiências de contato 
com este grupo étnico. 

Os dados de E1 foram classificados em três categorias: ‘sentimentos positivos’, ‘sentimentos negativos’ e ‘ambíguos’. 

Na segunda etapa foram entrevistados os sujeitos do grupo ‘sentimentos positivos’, e os resultados permitiram discutir que os indivíduos apresentaram variações nas representações acerca do 
objeto social ‘ciganos’.

 A formação do campo representacional e de sua dimensão afetiva 
estiveram apoiados na imagem dos ciganos (a) como povo alegre, da dança e de roupas 
coloridas, que desperta sentimentos de curiosidade, encantamento e admiração, mas também 
(b) de um grupo que rouba e trapaceia, provocando insegurança, medo e mal-estar entre os não 
ciganos. 

Um trabalho de grande contribuição para a compreensão do universo cigano e de seus reflexos nos gadjes.

 📚O link para acessar o texto completo é:
https://drive.google.com/file/d/1jr_CPwt7HBEHHeE37W5afmT8kSPhAh2y/view?usp=drivesdk

Santa Sara 005




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Os ciganos e a exclusão social - Inalva e Uelba



As autoras Inalva Bezerra Nery e Uelba Alexandre do Nascimento partem do encanto que a Dança Cigana desperta para levantarem o debate não só da origem desses povos, mas, também e, principalmente, sobre a origem de sua exclusão social.

O artigo publicado em um encontro de historiadores abre o debate para a exclusão e para a luta por seus direitos, que acompanha esses povos.

📚 O link para o texto completo é: https://drive.google.com/file/d/1wXJ_wFaPMDKiq9pQzWbd8UfH74PV4XQS/view?usp=drivesdk

Santa Sara 004



Santa Sara é a padroeira do povo cigano e festas em sua homenagem ocorrem no mundo inteiro.

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Dia Internacional da Resistência Romani - vídeo


Hoje é o dia Internacional da Resistência Romani e repostamos o vídeo da página @insumisasgitanas:


A Identidade Cigana na Modernidade Tardia - Anna Oliveira




Em 2013, a dissertação de mestrado A  IDENTIDADE CIGANA NA MODERNIDADE TARDIA:  
CONSTRUÇÕES FRAGMENTADAS, de
Anna Clara Viana de Oliveira, foi defendida na Universidade Federal de Brasília.

A autora faz uma análise de discurso sobre os elementos da identidade cigana, convidando para debates sobre o tema.

📚 O link para o texto completo é: https://drive.google.com/file/d/1JFa2hjDBDkayJxIF2Y8odU5TYlzyQ3OP/view?usp=drivesdk

Santa Sara 003



Santa Sara é a padroeira do povo cigano e festas em sua homenagem ocorrem no mundo inteiro.

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Ciganos Calon no Sertão da Paraíba - Frans Moonen




Quando estamos estudando os ciganos no Brasil, sempre encontramos uma referência a Frans Moonen e seus trabalhos e, hoje, vamos indicar um de seus textos.

A cidade de Sousa, na Paraíba, nordeste brasileiro, abriga um grande número de Ciganos e, em 1993, Frans realizou uma pesquisa de campo que deu origem ao trabalho que sugerimos hoje.

O trabalho foi atualizado e chegou a essa versão: Ciganos Calon no Sertão da Paraíba.

📚 O link para download do texto completo é: https://drive.google.com/file/d/1EpunxplCGdFzbA-AUWVPDlf6PU4Tl6yd/view?usp=drivesdk

Santa Sara 002



Santa Sara, salve!

Sigamos conhecendo um pouco mais de Santa Sara

Santa Sara é a padroeira do povo cigano e festas em sua homenagem ocorrem no mundo inteiro.

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Série Santa Sara Kali



Começamos hoje uma pequena série de 12 postagens sobre Santa Sara Kali, que terminará no dia 25 de maio, dia de sua festa.

Santa Sara é a padroeira do povo cigano e festas em sua homenagem ocorrem no mundo inteiro.

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Ciganos Nacionais - Florência Ferrari




O texto de hoje é um ensaio sobre o lugar do cigano em obras literárias produzidas pelo Ocidente, publicado por Florência Ferrari, da Universidade de São Paulo.

 Ela resgata o imaginário do Ocidente sobre os ciganos, no qual ele são seres ambíguos e, por vezes, despertam temor ou fascínio conforme a situação.

A autora se arrisca em um deslocamento do recorte, chamando a atenção para a apropriação da figura do cigano na construção da identidade
das nações do Brasil e da Espanha. 

Nos dois países a imagem dos ciganos é usada de maneira diversa pelos autores que transformaram o conteúdo da representação do cigano em um
valor nacional próprio, comprovando, por outro lado, a ambigüidade e plasticidade da
imagem do cigano.


📚 O texto completo está disponível nesse link:h //drive.google.com/file/d/1ElvYXRXCxGy6aMErFhd6U0nBtO8CjXqt/view?usp=drivesdk

Ciganos no Brasil - uma breve história - Rodrigo Corrêa Teixeira






Em 2008, o pesquisador Rodrigo Corrêa Teixeira apresentou o ensaio Ciganos no Brasil - uma breve história, sua dissertação de mestrado.

Do século XVII ao XIX, ele faz uma análise documental e conta a trajetória desse povo pelo Brasil e dá um enfoque para Minas Gerais em um de seus capítulos.


📚 O download do texto está disponível no link:
//drive.google.com/file/d/1EYn1r5hsB1o9pcy7CEwrld-ccMLg9DiA/view?usp=drivesdk

Mulheres Ciganas Evangélicas - Artigo Acadêmico








Você sabia que há muitas ciganas evangélicas?

A pesquisadora Nádia Conceição dos Santos fez um estudo sobre as mulheres ciganas evangélicas em suas comunidades.

O texto A Relação das Mulheres Ciganas Evangélicas em suas Comunidades traz elementos interessantes sobre o papel da mulher, os costumes ciganos e o processo de conversão delas às religiões petencostais.


O texto traz elementos como a oralidade, o casamento, o luto, a feminilidade, a dança, a música e como é a experiência dessas mulheres que adaptaram sua Cultura à religião.


💻 Baixe o texto completo:
https://drive.google.com/file/d/1ImM7a54OzdXnN5d0TGA6TL7jm5MkYyo-/view?usp=drivesdk



Ruska Roma - Evelise Batistel






Quem aí já percebeu a influência da Ruska Roma nas nossas aulas de Dança Cigana?

Mais uma vez vamos falar da I Semana do Coletivo Dança Cigana Brasil, na qual a professora Evelise Batistel trouxe esse estilo tão bonito em uma aula maravilhosa!

Já fizemos a indicação de outras aulas do Coletivo, então, dê uma olhadinha lá!

🎥 O vídeo está disponível no grupo Coletivo Dança Cigana Brasil, no Facebook, é só ir lá e solicitar sua participação pra aprender muito!



💃💃 Ah, vale lembrar que o Coletivo Dança Cigana Brasil foi idealizado pela professora @ju_lorenzoni.



📆 A primeira semana foi de 13 a 19 de abril de 2020.
📆 A segunda semana foi de 3 a 9 maio de 2020.
📆 A terceira semana será em Junho de 2020.






Infância Calin - Artigo acadêmico





Quantas vezes você parou pra pensar na infância de um cigano?

No artigo "Infância Calin: Socialização Étnica e Identidade Social entre Crianças Ciganas",  de Grecy Kelle Andrade Cardoso e Mariana Bonomo, as pesquisadoras mostram traços da ciganicidade entre as crianças de um acampamento  no Espírito Santo.


As crianças fazem parte da terceira geração de um grupo assentado em um centro urbano do estado do Espírito Santo.

💻 O artigo está disponível para download aqui:
https://drive.google.com/file/d/1BDAigkTwlyov76q3TKTvfvMpwFsvSI1E/view?usp=drivesdk

Dia Internacional da Resistência Cigana





Em breve, 16 de maio, será o dia Internacional da Resistência Romani.

A data foi escolhida para se lembrar o episódio em que grupos de Sinti e Rom resistiram ao extermínio ordenado pelos alemães no campo de Auschiwtz-Birkenau, na Polônia, em 1944.

Destinados às câmaras de gás, os cerca de seis mil resistentes se armaram de pedras e ferramentas, trancaram-se no quartel e conseguiram sobreviver.

Precisamos lembrar para nunca mais repetir.

Ciganos e Habitat: Entre a Itinerância e a fixação (Portugal)




O nomadismo é mesmo uma marca dos Ciganos?

Mais uma vez vamos observar um estudo sobre os Ciganos em Portugal:  CIGANOS E HABITAT: ENTRE A ITINERÂNCIA E A FIXAÇÃO, é resultado de uma pesquisa feita entre 1992 e 1994, feita por Alexandra Castro.

O texto foi publicado em 1995, na revista Sociologia - problemas e práticas.

Ele traz pontos interessantes sobre a identidade cigana e sobre a migração dos grupos em algumas localidades, por exemplo, no Alentejo, em Évora.

💻 Faça o download do texto aqui:
https://drive.google.com/file/d/1lbjXpmtk34zEskJAaXniqg8NsBAjcLuk/view?usp=drivesdk



A etnia cigana: Processo histórico, social e cultural do povo Cigano




Quantas versões das origens dos ciganos você conhece?


Em mais um artigo interessante, A ETNIA CIGANA: Processo histórico, social e cultural do povo Cigano, a autora Jéssica Melo Prestes, encontramos quatro versões da origem dos ciganos e parte de sua viagem pelo mundo.

Ah, ainda uma parte falando sobre a musicalidade Cigana.

O texto foi apresentado como conclusão do curso de aperfeiçoamento em Dança Cigana, da Casa Z, com a professora Sayonara Linhares.


💻 Faça o download do texto aqui:
https://drive.google.com/file/d/1tNu41CsMOZm6QSVLWslnvn4ZJ0zF_P3_/view?usp=drivesdk

Ciganos Portugueses - Livro




Quer conhecer sobre os Ciganos Portugueses?

Em 2013, as pesquisadoras Maria Manuela Mendes e Olga Magano organizaram o texto: CIGANOS PORTUGUESES OLHARES PLURAIS E NOVOS DESAFIOS NUMA SOCIEDADE  EM TRANSIÇÃO.

O texto apresenta 17 artigos e trata desde questões sociais, políticas e religiosas até a assuntos vinculados às políticas públicas voltadas para os Ciganos, nesse caso, em Portugal.

💻 O texto completo está disponível para download nesse link:
https://drive.google.com/file/d/1tPCy7Z7gWPX-CzLww2_KJk7c1odbtUcd/view?usp=drivesdk


Ghawazee - Aula de Sayonara Linhares









A gente não cansa de falar das Ghawazee!

Mais uma vez vamos falar da I Semana do Coletivo Dança Cigana Brasil, na qual a mestra Sayonara Linhares deu uma aula incrível sobre as Ghawazee estilo Soumbuti.

Já fizemos a indicação de alguns filmes nos dias anteriores, então, dê uma olhadinha lá!

🎥 O vídeo está disponível no grupo Coletivo Dança Cigana Brasil, no Facebook, é só ir lá e solicitar sua participação pra aprender muito!



💃💃 Ah, vale lembrar que o Coletivo Dança Cigana Brasil foi idealizado pela professora @ju_lorenzoni.



📆 A primeira semana foi de 13 a 19 de abril de 2020.
📆 A segunda semana foi de 3 a 9 maio de 2020.
📆 A terceira semana será em Junho de 2020.






Ciganos Rom no Brasil



Para quem quer dar um tom mais acadêmico nos estudos sobre a identidade dos Ciganos, sugerimos o texto: CIGANOS ROMS NO BRASIL: IMAGENS E IDENTIDADES DIASPÓRICAS NA CONTEMPORANEIDADE, tese de doutorado de Brigitte Grossmann Cairus, defendida em 2018.

O texto faz um breve histórico dos ciganos da Índia para o Brasil e como se construiu a imagem deles ao longo dos séculos.

Também trabalha o imaginário e a representação dos ciganos na Cultura contemporânea como em telenovelas.

Um viés interessante que a autora aborda são as políticas públicas para os povos de etnias ciganas.

Dá uma atenção às personagens mais ativas no meio cigano como Igor Shimura, Mio Vacite, a União Cigana do Brasil (RJ), Míriam Stanescon e Cláudio Domingos Iovanovitchi.

A leitura é fundamental é o texto está disponível para download.

📚 https://drive.google.com/file/d/1rmH1BoPoxZpSoMV18HuzA88qSRjknoq_/view?usp=drivesdk


Vengo - Tony Gatfli



Tony Gatfli, em Vengo, filme de 2000, traz uma história de vingança entre ciganos da região da Andaluzia, Espanha.

O roteiro costura histórias de amor, dor e vingança ao mesmo tempo que mostra um pouco da cultura dos ciganos de Andaluzia com músicas ciganas e flamencas típicas.


Assista aqui:






Evolução com Acessórios na Dança Cigana




No mundo da Dança Cigana não basta só ter a técnica dos passos. O uso correto dos acessórios é um importante complemento.

Aproveitando as várias aulas online nesse período de quarentena, sugerimos a aula da professora Laih Qamah, no dia 13/05/2020, lá no Facebook, às 17h.

O tema será a Evolução com a acessórios na Dança Cigana!


Dança Kalbelyia







Vamos conhecer mais sobre a Dança Cigana do Rajastão?

A  professora Michele Trentin, na I Semana do Coletivo Dança Cigana Brasil, deu uma super aula sobre esse estilo de Dança Cigana.

Segue o texto que ela enviou:

AULA KALBELIYA com Michele Trentin

No ínicio dos anos 80 algumas mulheres da comunidade Kalbeliya ,ao noroeste do estado do Rajastão, na Índia,começaram trabalhar dançando profissionalmente fazendo performances em festivais nacionais e internacionais de música e cultura indiana.

Desde lá um número crescente de mulheres da Índia e do mundo todo vem buscando esta forma de dança tão peculiar, com figurinos exuberantes, acessórios coloridos, maquiagem exagerada e movimentos dinâmicos, alegres e por vezes acrobáticos.

Mas de onde surgiu esta forma de dança?

* INTRODUÇÃO:

Alguns autores e pesquisadores acadêmicos se referem a KALBELIYA como uma comunidade de nômades, que vivem ao norte do estado do Rajastan na Índia.  Em cidades como Pushkar, Jodhpur, Jaipur e Jaisalmer é comum encontrarmos músicos, cantores  masculinos e femininos fazendo performances nas ruas de seu vilarejo  ,oferecendo sua música as pessoas em troca de esmolas.Eles também são conhecidos por seu talento em capturar animais venenosos, especialmente cobras.

Este povo tem sido genericamente chamado de ciganos , encantadores de serpente e musicistas.

Existem mais de 10 milhões de ciganos no mundo e para encontrarmos quem eles são e de onde vem ,tomamos como base a  trilha feita pelos Roma, que nos traz até a Europa ,norte da África , Ásia e  Índia- sua pátria de origem.

Existem tribos  de ciganos que   ainda viajam pelas terras ao norte da Índia enquanto alguns migram pelo mundo , este povo nômade, pouco mudou ao longo dos séculos.

A idéia  fundamentada em estudos e documentários acadêmicos antigos  traça então,como  provável   origem dos Roma a terra da Índia   e  os conecta  nos dias atuais as comunidades contemporanêas que vivem no Rajastan.

Em documentários  mais modernos,   as comunidades ``Khanabados``(um termo indiano  para se referir ``aqueles que carregam sua comida nas costas``) do estado do Rajastan são apresentados em sub grupos, cada grupo com características distintas. Observe:

1.Kalbeliyas: dançarinas e encantadores de serpente

2.Manganiyars e Langas: uma casta de músicos

3.Bhopas: contadores de histórias

4.Lohars: ferreiros

5.Bhats: marionetistas

6.Banjaras:  pequenos comerciantes nômades

Estas diferentes comunidades de artistas são ligados pela  música e dança,que é tão fortemente presente no Rajastan.

*DANÇA KALBELIYA ? COMO SURGIU?

A prática pública do que hoje  chamamos de DANÇA KALBELIYA  surgiu no início dos anos  80 e  é uma recente tradição construida .

Nos últimos 30 anos o rápido desenvolvimento , estabeleceu a DANÇA KALBELIYA  no mercado  nacional indiano das artes  e, mais tarde, no âmbito da política cultural internacional.  A DANÇA KALBELIYA foi institucionalizada  na Índia como ``Herança Popular Nacional``  e recebeu reconhecimento da UNESCO em 2010.

*GULABI SAPERA:

A pioneira e primeira dançarina Kalbeliya foi GULABI SAPERA.

 Quando ela começou a dançar, ninguém em sua comunidade podia dançar, pelo menos não deste modo ! Mulheres mais antigas dizem nunca terem dançado antes deste modo.

Então como uma mulher pode ter  ``inventado`` um estilo de  dança tão distinto que  se  desenvolveu  ao nível de Herança Popular Nacional e em tão pouco tempo??

Bem venha comigo então:

GULABI me contou pessoalmente parte de sua incrível história de vida ( em Janeiro deste ano, 2020 ,quando estive por quase 1 mês em viagem de estudo   e pesquisa pelo Rajastan  - Índia) .

Na comunidade onde ela nasceu, antigamente ,era costume, enterrarem vivos bebês nascidos sob sexo feminino.

Ela nasceu e sua família ao ver o bebê menina, não queria enterra-la mas  eles não podiam fazer nada contra as fortes tradições e costumes locais. Sua mãe com profundo pesar a enterrou viva .

Após 7 horas sua mãe desolada correu até o local e desenterrando o bebê viu que GULABI estava viva!!!

GULABI cresceu  e vivia sempre junto ao seu  pai , que era encantador de serpente e tocava Pungui- instrumento musical tipíco do Rajastan . Seu pai com profundo amor  a protegia da comunidade , carregando-a sempre junto por onde quer que fosse.

Ela cresceu vendo cobras e ouvindo o som do Pungui... e me contou que criou esta dança através de uma inspiração de Deus observando  o movimento das serpentes pelo deserto.

Em 1981,  GULABI com 14 anos vivia num acampamento nômade com sua família nos arredores de Pushkar  e  foi vista dançando ao lado de seu pai que tocava Pungui para ela , por oficiais do Departamento de Turismo do Governo do Rajastan.

Eles apreciaram sua dança exótica e desconhecida e convenceram seu pai a permitir que ela dançasse num Festival Turístico que aconteceria naquela noite.

A dança de GULABI foi o maior sucesso!!!

Desconsiderando as proibições e exclusões impostas pela sua comunidade, que considerava a sua dança vulgar e inapropriada e  que sua família estava apenas atrás de  oportunidades financeiras, GULABI  e seu pai aceitaram diversos convites para apresentar sua dança em outros eventos culturais e turísticos do Rajastan que se seguiram nos anos seguintes, até ela ser vista por Rajiv Gandhi, Primeiro Ministro da Índia.

Ele  buscava talentosos artistas indianos para representar 3 categorias da arte : clássica, folclórica e tribal e a convidou a integrar o ``Festival of India Tours``,uma produção cultural governamental,com caráter diplomático, que buscava difundir  uma consciência internacional da cultura indiana.

A dança estranha  de GULABI era perfeita para abrilhantar este Festival   que tinha o objetivo de divulgar danças desconhecidas do Rajastan ao restante da Índia e ao mundo.

Assim   em 1986,  GULABI foi convidada a integrar o tour e durante as performances ela recebeu 2 apelidos :SAPERA (encantador de serpente) devido a profissão do seu pai   e ``GYPSY GIRL`` (Garota Cigana) devido a suas origens nômades.

Sua carreira internacional decolou com a denominação ``GYPSY GIRL FROM INDIA`` (Garota Cigana da Índia).

Após ela ficar conhecida e famosa nos EUA muitas mães passaram a trazer suas filhas para que Maria Hamer as ensinasse a dançar e deixaram de enterrar  vivas bebês meninas .

GULABI SAPERA foi honrada com o`` Padma Shri`` um dos maiores prêmios civis,  dados pelo governo indiano por sua contribuição distinta para as artes.

                                 *

As comunidades KALBELIYA  atualmente tem nas dançarinas KALBELIYAS sua fonte de sustento, já que hoje em dia, as cobras diminuiriam e os encantadores de serpente já não ganham muito dinheiro com este trabalho.

Exemplo disso é Raki Khalbelia e Asha Aasha Sapera que fortemente sustentam suas comunidades com sua dança.

*PARA PENSARMOS EM COMO ``VEMOS``  A DANÇA E O APRENDIZADO DA DANÇA:

GULABI  SAPERA (Gulabo Sapera )começou dançar olhando as serpentes e nos diz que sua inspiração veio de Deus.

Fala que devemos dançar para Deus e para nossa audiência, para  trazer alegria e liberdade, dançar  com o coração para ser feliz e se sentir livre.

ASHA SAPERA ao perguntar a ela :Como você aprendeu dançar?  Nos respondeu :`` Aprender??? Agente não ensina, não aprende, agente apenas olha e dança. Observa as crianças, elas estão aqui conosco  ,nos veem dançar e  seguem o que estamos fazendo. A dança é nossa família, nossa alegria , é natural , fluido...não é ensinado...todos  simplesmente dançam !``

 * BREVE CONCLUSÃO:

Gostaria de terminar este nosso momento TEORIA e REFLEXÕES sobre nossa amada DANÇA KALBELIYA  e o incrível  povo indiano citando uma frase de GULABI SAPERA:

``Onde você dançar é o seu Templo! ``

Sejamos felizes, livres e gratas ao dançar!!!

Vamos HONRAR estas DANÇAS DA TERRA - como  gosto de chamar as danças dos povos - como elas merecem!!!

Sendo boas  alunas- estudiosas- professoras, buscando quando formos dançar-ensinar - aprender estarmos com nossos corações abertos e gratos por podermos receber em nossos corpos dançantes estas artes tão preciosas e  sagradas!

Longa vida as Danças da Terra !

(FONTE PESQUISA: Estudo com  Gulabi Sapera, Raki Kalbeliya e  Asha Sapera em Janeiro de 2020.

Artigos de Ayla Joncheere e Isis Vandevelde)

                                   *

🎥 Como acessar o vídeo dessa aula:

🎬 O vídeo está disponível no grupo Coletivo Dança Cigana Brasil, no Facebook, é só ir lá e solicitar sua participação pra aprender muito!

🎬 Canal no YouTube da professora Michele Trentin

🎬 Nesse link de nosso canal do YouTube, reservado para estudos:

https://youtu.be/sZi_M7Omrcw

💃 Ah, vale lembrar que o Coletivo Dança Cigana Brasil foi idealizado pela professora Julianau Lorenzoni.

📆 A primeira semana foi de 13 a 19 de abril de 2020.
📆 A segunda semana será de 03 a 09 maio de 2020.